Pobres crianças esquálidas
Olhos fundos de uma tristeza mortal e profunda
Sem musculatura em suas frágeis e fracas carnes
Sem mais nenhuma réstia de esperança no porvir
Os teus corpos franzinos, curvos, desalinhados
Come o que tem...
Quando tem!
Come o que consegue...
Quando consegue!
Come o que aparece...
Quando aparece!
De quem é a culpa?
Do pai ou da mãe?
Dos Avós ou dos governos?
De Deus ou da Vida
Do Carma ou do Destino?
Da falta de Sorte ou do Azar
Da Sociedade?
Nossa – é a assertiva cabal!
Portanto – Sua ou minha!
Ou de ambos!
O que será que comeu hoje?
O que comeu hoje?
Será que comeu?
Comeu hoje?
O que?
Hoje?
Será?
E eu – o que fiz até hoje por elas?
E o que fiz hoje por elas?
E eu – o que fiz hoje?
Fiz por elas?
O que fiz?
E elas?
E eu?
pela culpa da inércia
Você e eu...
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